Olhe ao seu redor, veja como está a natureza. Tudo é diferente de outrora. O homem "evoluiu" e transformou a paisagem, porém se esqueceu de perguntar à natureza se ela suportaria essa quantidade de mudanças. Nem sempre foi como é agora.
Lembro-me do livro que lia algumas vezes quando, pequena, nas escolas dominicais. Nele estava escrito que, no princípio, tudo era verde e bonito. Homens e mulheres conviviam juntos como irmãos. Porém, pense comigo, caro leitor: se uma única desobediência, um fruto da curiosidade, repercutiu na expulsão do paraíso, o que acontecerá conosco? Já que agimos com tanta displicência com o patrimônio de Deus?
Quando cresci mais um pouco, conheci as histórias evolutivas. Falaram-me que o homem vivia em função da natureza, comia, bebia, se aquecia, e sobrevivia quando ela proporcionava isso. O animal homem se revelou e mostrou quem é que dominava, domou a natureza, certo? Errado! É só olharmos para os jornais, para as revistas e para os lados, para sabermos que a natureza responde às nossas atitudes irresponsáveis de forma catastrófica e nos mostra que é o dominante, mais uma vez.
Agora que sou adulta, conheço tantas histórias e teorias. Selecionei de cada uma o que julgava mais importante, juntei com minhas experiências e cheguei à conclusão de que, se o homem não pode contra, o que nos resta como bons perdedores é nos juntarmos a ela. Não quero pensar que meus filhos e netos não terão um lar decente para viver; prefiro pensar, mesmo parecendo idealizador e sonhador em demasia, que as gerações que virão farão diferente, não por vontade e, sim, por necessidade.
Por Paula Almeida